Desequilíbrio importante em caso de deiscência de canal semicircular superior

Z.S.S, FEM, 65 anos
QP: Desequilíbrio
HDA: Paciente refere desequilíbrio há alguns anos. Relata que iniciou primeiro com hiperacusia, e posteriormente o desequilíbrio que se intensifica quando um som alto incide no ouvido esquerdo. Há muitos anos sofreu um “estouro “com telefone celular, mas não lembra em qual ouvido. Não tem histórico de trauma craniano. Acha que a intolerância a som vem aumentando, bem como o desequilíbrio. Vem apresentando dificuldade para atravessar uma rua sozinha. Hipoacusia (escuta, mas não entende).
Sintoma que mais incomoda: Episódios de desequilíbrio. Ocorrem ao atravessar uma rua, andando dentro de um shopping, em ambientes com muito estímulo visual e som alto, ao dirigir e tendo que ficar freando como em um engarrafamento, com choro de criança, latido de cachorro, buzina alta. Percebe autofonia do lado esquerdo. Os sintomas se manifestam sempre mais com a incidência pelo lado esquerdo. Não tem plenitude aural, não relaciona com esforço, tosse ou espirro. Não tem zumbido.
HPP: Hipertensão arterial e diabetes. Faz uso de perindopril (acertil), rosuvastatina, venlafaxina (alenthus xr), dapagliflozina (xigduo).

audio 2

TC das mastóides: Sinais de deiscência do canal semicircular superior bilateral com arco de 75º à direita e 51º a esquerda

tc2

VEMP ocular: Com uma pequena estimulação, logo o potencial n1-p1 alargado aparece, em ambas as orelhas. Apresentou resposta com estímulo de 4000 hertz em ambas as orelhas.

vemp o em portuques

Pesquisa do fenômeno de Tullio: Pesquisa realizada com tons puros emitidos por audioômetro, com fones tipo concha, nas frequências de 250 a 4000 Hz a 110 dBNA.
Orelha direita: Negativo em todas as frequências
Orelha esquerda: Positivo, presente na frequência de 2000 Hz a 110 dBNA, com presença de importante tontura e lateropulsão para a esquerda.
Ressonância magnética do encéfalo: Sem alterações significativas.